
Estes últimos tempos não têm dado para ser uma presença assídua neste nosso cantinho. como tu bem sabes (e sofres as consequências) não ando a mais fácil das pessoas, tenho andado um nadinha insuportável. Sei que percebes, que estás sempre comigo e isso é bom. Tens sido o meu grande suporte, só tenho que me orgulhar da grande namorada que és.
Entre nós tudo bem, sem problemas, tirando aquela minha irritação profunda de sábado que me pos quase à beira de um ataque de nervos, tenho que te pedir desculpa, exagerei,mas também já há uns meses que não discutiamos ;p
Prometo que não vou "stressar" tanto por causa do trabalho, acho que neste ponto já melhorei um pouco, já levo as coisas de outra forma (sim, a médica, eu sei, não esqueço).
No trabalho as coisas vão indo, nem sei bem como caracterizar a situação. Na passada quarta feira é que acordei para a realidade...é bem verdade que há uns tempos atrás me deparei com um complicado dilema ético, durante um pequenoperíodo de tempo "fechei" os olhos mas não dava, não deu. Amo a minha profissão e respeito imenso o Código Ético e Deontológico da mesma...juntando a minha consciência e os meus principios tive que tomar uma decisão que para muitas pessoas poderá fazer de mim uma doida, cada um interpreta como quiser, mas tive que dar conhecimento de um erro gravissimo, ao mais alto nível da minha chefe, colega de profissão. Ela entretanto decidiu prolongar as férias e veio quinta feira passada, no dia anterior veio a policia, fazer as deligências próprias e adequadas da tal informaçao que havia dado aos meus superiores hierárquicos.
Ok, sou doida para uns, outras coisas para outros, era a chefe, mas teve que ser. Como chefe devia dar o exemplo e ter um comportamento profissional irrepreensível, dignificar a profissão que abraçou; já basta o descrédito que lhe é dado por tantas outras pessoas que (des)governam este país! Não me alongo neste campo...
É fácil imaginar o clima lá no sitio. A senhora (tem idade para ser minha mãe, mas não vem ao caso) optou por educadamente me ignorar e não me falar, o que torna o ambiente um pouco estranho. Confesso, muito honestamente, que não me importo, cada um sabe de si. Prejudica e muito o trabalho, óbvio,mas nada que não se resolva. Há uma série de pessoas que me ajudam e me apoiam....a A. que tem sido incansável, a T. que diz para não nos chatearmos porque vamos pedir para partilhar a mesma cela, a Dona L. e a minha boa educação, o D. e as nossas aventuras em serviço e lá terá que ser...a F. ajudou muito no post it...lol...
No meio de tudo isto, é deveras reconfortante saber que em cada regresso do trabalho tenho os teus braços para me receberem, o teu colinho, o teu amor, o teu apoio incondicional nesta minha loucura.
És tudo para mim...amo-te assim como só tu sabes, desde sempre e para sempre