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sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Divagações

Hoje o ambiente está estranhamente calmo no trabalho. Talvez a prepapar-se para a tempestade que aqui se vai dar segunda-feira. Só estamos eu,a A., secretária cá do sitio a que hoje me apetece chamar República das Bananas e a estagiária. O resto da gente achou por bem ainda não aparecer e já passa das onze da manhã. Isto são pormenores, não sei se é do ambiente parado ou desta febrezita intermitente que insiste em me massacrar, estou numa de divagar...e estas minhas divagações levaram-me lá para trás...ao passado, ou ao inicio das minhas descobertas...

Creio que para mim sempre foi tudo muito claro e óbvio, nunca tive muitas dúvidas e não andei propriamente perdida, à deriva. Sempre fui muito segura de mim, muitas vezes até demais, com família e amigos fantásticos.Quem me conhece sabe que tenho um ego do tamanho do mundo, que sou egocêntrica, mimada, segura, a calma e a tranquilidade em pessoa (seria a descrição dada por qualquer dos meus amigos, sendo a parte do mimada o meu maior defeito descrito pela minha amiga de sempre, a C.). Talvez por tudo isto (ou não) a minha orientação sexual não me tenha causado grandes dúvidas, como acontece e aconteceu com a grande parte das pessoas que conheço.

Como também nunca fui dada ao compromisso sério (erro crasso!!), não perdia muito tempo, vivia cada dia como se nada mais importasse, como se o passado não pudesse vir mais tarde a reflectir-se no presente ou futuro.

Teria mais ou menos 16 anos, nesta altura tinha uma relação assumida para o mundo com um amigo do meu mano, cinco anos mais velho, que contra a minha vontade foi dada a conhecer às respectivas famílias, e talvez por isso, dado o ar sério da coisa e a pouca vontade de compromisso, ainda para mais com um rapaz que cortava toda a minha liberdade não dava. Um ano mais tarde, com17 anos, entrei para a Univ., e tudo se tornou claro. Em conversa com a minha melhor amiga(completamente hetero), ouvi o que estava a precisar. Uma conversa que jamais esquecerei. Eu precisava de seguir o meu caminho e este não seria com rapazes, claro que me disse coisas demasiadamente intensas e especiais, impossíveis de escrever. Com a entrada na Univ. a relação com ele terminou e decidi começar a ser feliz, a ser quem realmente era.

A partir daqui comecei realmente a viver, de forma intensa, sem nunca pensar muito. Fiz o que qualquer pessoa da minha idade fazia, nunca entrando em relações sérias, algo a que tu amor meu, chamarias de "one night stand". Houve algumas pessoas que passaram na minha vida, mas não houve nenhuma que deixasse marca, por mínima que seja.

Hoje sei que devia ter sido um pouco mais ponderada e ter pensado um pouco antes, uma vez que tu amor meu, por causa das minhas inconsequências sofres com algumas das asneiras que fiz no passado. Sei que vais dizer que eu não tenho culpa, sei disso, mas talvez se tivesse agido de outra forma...passaste por muito e sei que sofreste, e sofres, se estivesse no teu lugar agiria e pensaria exactamente como tu.

Da mesma como tu sabes que o meu mundo mudou no dia em que te vi pela primeira vez, comecei a amar-te nesse mesmo instante, e tu sabes. Sim, é um facto: foste a primeira pessoa em toda a minha vida que me deu negas atrás de negas, nunca antes ninguém me tinha dito que não...só sei que te amo com todas as minhas forças desde esse dia, que me tornei numa pessoa diferente...durante um ano inteiro fui fiel aos meus sentimentos, amei-te e mantive-me sozinha, sem ninguém, até que achei que a tua relaçõa não iria terminar e as minhas chances acabaram, aí decidi ir em frente, mas sem magoar ningúem. Outro erro;magoei e hoje sofremos essas consequências.

O que importa é que decidiste olhar para mim da forma como eu olhava para ti, deixaste sair para fora o sentimento que tinhas e contra tudo e todos ficaste comigo, mesmo quando toda a gente dizia e tentava mostrar-te que serias "apenas mais uma"...Nada disso, só tu e eu sabiamos a intensidade do que nos unia...e une...

Somos nós...somos especias...e é para sempre...tu és para sempre!!

Desculpa a enorme divagação

Amo-te com a loucura que só tu sabes

6 comentários:

Tear disse...

Antes de mais deixa-me dizer que, como te disse mais vezes, tu não erraste no teu percurso, limitaste-te a viver, assim como eu o fiz e toda a gente faz, e isso é bom, serviu para te conheceres e fez de ti a pessoa que és hoje, logo, o termo erro nunca poderá ser aplicado.

Eu conheço bem a tua história, cada pequena passagem que te marcou, cada sorriso, cada lágrima, sei porque tu me contas-te e de facto sempre tiveste pessoas fantásticas ao teu lado, que te deram força e te disseram as palavras certas no momento exacto.
Sei que sempre foste uma pessoa extremamente segura, dona do teu nariz, tenho que discordar no ponto onde dizes que és mimada, não és, pelo menos não com a conotação que as pessoas lhe dão, eu conheço-te, todos temos os nossos mimos característicos mas isso não faz de uma pessoa ser mimada.

Não acho que o facto de não quereres relações seria um erro, aos 17 anos relações sérias é algo que não existe, e acho muito bem teres aproveitado a juventude em pleno, de forma intensa como dizes, one night stand fazem parte do crescimento.
Quanto á ponderação, acho que não tinhas que ponderar nada, todas as pessoas já tiveram outras relações que com o tempo terminaram, não tens culpa que todas as tuas ex te persigam e façam coisas anormais…Tu não te podes sentir culpada por algo que não controlas, tu não comandas as vontades nem as acções das outras pessoas, se elas fazem A, B ou C é porque foi vontade delas. Se as vezes causam irritação e mal-estar, causam, mas tanto causam a mim como a ti, isto é tudo vivido a dois mor, não te podes esquecer disso.

Sei que também o quanto mudaste quando me conheceste e sei que o que sentes por mim é igual ao que sinto por ti, ninguém nos vai separar, por mais que tentem, por mais que façam, nós vamos ser sempre nós, juntas, unidas, sempre.

Bem, o comment já esta a ficar longo…acho que tenho que começar a pensar num post (longo também) para dizer tudo o que quero dizer..

Amu tu

Unknown disse...

Amor, sabes que podia ter evitado muita coisa...mas já parece um filme...sorry

amu tu mt

Tear disse...

se fossemos a pensar no que poderia ter sido evitado não tinhamos vivido, né? e volto a dizer que não controlas as outras pessoas...o problema é que tu és maravilhosa, fantastica, completamente boa e pronto, é dificil deixar-te ir ;p

Não te podes culpar por algo que, digo novamente, não controlas...

agora vou deixar aqui uma pergunta aos nossos leitores (são tantos)lol

SE as vossas antigas namoradas não vos largassem, fizessem coisas que não passa na cabeça de ninguem, se voces fizessem tudo para dar distancia, voces iam-se sentir culpada pelo mau estar eventualmente causado? o que fariam?

as coisas não sao assim tão lineares mor meu, sabes disso...aqui com a nossa pikena não da para escrever muito bem, prometo que depois darei a este assunto a atenção que merece.

Amu tu

Anónimo disse...

Ora, eu, como leitora assídua, não posso evitar de mandar o meu bitaite! ;p

Acho que me ia sentir culpada até conseguir afasta-la(s) de vez! E às ex-namoradas que não largam e "aprontam" deve-se dar nãos redondos e faze-las desaparecer (mesmo que isso implique às vezes ter de ser demasiado dura ou dar o "corte" total).

Ex-namoradas só devem ser de dois tipos:
1. as que ficam amigas (e aí está tudo bem)
2. as que deixam de falar e desaparecem (aí também está tudo bem também)

Tudo o que seja ex-namoradas mal definidas: LONGE!

Mas esta é apenas a opinião (mt pouco experiente) da padrinha... ;p

*cumps à CI*

Tear disse...

Sim, mas e se mesmo depois de dares o "não" final, mesmo depois de teres sido não dura mas durissima, já teres dito para desaparecerem faltamdo mesmo só mandar-lhes com um taco de baseball na cabeça...se mesmo assim nada disto resultar o que faz quando ja fizeste tudo o que podias?

É por isso que digo que a minha Tenshi não tem culpa, ela já fez de tudo mas as cachopas não desaparecem :\

Unknown disse...

Eu que também sou leitora assidua também vou comentar(aqui ninguém liga ao conflito de papeis ;p):

Eu mantenho as ex namoradas bem longe, não fiquei amiga, seria impossível.

Mesmo mantendo-as bem longe(é o que eu faço e bem), insistem em não perceber, não há uma única que tenha aceitado bem a ruptura, e em alguns casos já se passaram 5 anos...já era tempo, para piorar ainda há as que insistem e nem sequer foram namoradas.

No meu caso, das duas três:

-Longe
-Muito Longe
-Bem Longe

Não estou a fazer sentido, paro por aqui, não tarda já é a febre a falar