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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Não há longe nem distância...

Lembro-me bem da primeira vez que vim para esta cidade, metida num carro á força para fazer matrícula numa universidade para onde eu não queria vir, no último dia possível para o efeito. Eu queria ir para a tropa, para quê estar a matricular na uni e tudo o mais quando não era aqui que iria ficar?
A viagem foi insuportável, vim amuada as 3 horas que durou com o leitor de CD’s a vomitar música em volume máximo para os meus ouvidos.
Quando entrei na cidade achei-a estranha, tinha imaginado algo diferente, mas ao passar o lameiro do politécnico deparei-me com vacas mirandesas, lindas, castanhas, a ruminar pacificamente num local onde toda a gente tinha acesso, foi nesse momento que fiquei maravilhada (sim, sim, adoro vacas, porcos e todos os derivados, afinal sou zootécnica :p) e achei que afinal isto até poderia não ser mau de todo. Com o passar do tempo não ganhei particular vinculo á cidade, achava-a boa para morar devido ao pouco movimento, pequena dimensão, era calminha e para quem não gosta do stress de grandes cidades é fantástico, mas se pudesse escolheria sempre estar noutro lado qualquer.
Depois conheci-te a ti, e tu mudaste as coisas em tantos aspectos, hoje esta cidade tem um significado demasiado valioso para mim e vejo-a como parte de tudo o que sou, cada recanto tem uma historia e tem-te a ti, o pedaço mais importante das ruas, casas, jardins, fontes e castelo és tu, o pedaço de Bragança que trago sempre comigo para todo o lado que vou. Tu fizeste-me sentir que esta era a minha casa, que aqui eu tinha um lugar que podia chamar “meu”, que podia chamar “nosso” e hoje posso dizer que fico com o coração partido e pequenino sempre que tenho que ir a casa, lá já nada é meu, tu não estás logo a melhor parte de mim falta, nada é completo.
Amanha vou de fim-de-semana, 3h 30min dentro de um autocarro até ao Porto para depois ainda ter 1 hora de comboio até casa, 4horas de completa tristeza por não estar aqui, em nossa casa, contigo…e custa tanto mas tanto cada quilometro que passa eu saber que estou sempre um pouquinho mais longe de ti…
Ainda te consigo ouvir “são só três dias”, é o que costumamos dizer para que o tempo pareça menor do que realmente é, mas não resulta muito, mas vale sempre tentar e é por isso que te amo tanto, porque mesmo triste tentas sempre dar um olhar positivo sobre as coisas...

Hoje, neste presente que nos cerca, ficaria para sempre nesta cidade.


Como diz Oliver Wendell Holmes:

Where we love is home - home that our feet may leave, but not our hearts.

Hoje estou triste.

______________*_______________*________

E agora, não tendo qualquer ligação com o que escrevi anteriormente.
Encontrei algo que julguei ter perdido, foi bom, lembrei-me de tanta coisa…
Aqui fica…

When you feel all alone
And the world has turned its back on you
Give me a moment, please, to tame your wild heart
I know you feel like the walls are closing in on you
It’s hard to find relief and people can be so cold
When darkness is upon your door
And you feel like you can’t take it anymore

Let me be the one you call
If you jump ill break your fall
Lift you up and fly away with you into the night
If you need to fall apart i can mend a broken heart
If you need to crash then crash and burn
You’re not alone…


Lembras-te?...é bom recordar…

És e sempre serás o meu abrigo.


Amo-te muito sem palavras *

3 comentários:

Unknown disse...

Pregas-me cada partida! não estava nada à espera...só agora consegui uma pausa, tem sido uma tarde daquelas(não, não estive a massacrar a estagiária ;))...não consigo descrever o que senti ao ler o que escreveste, embora te tenha sentido em cada palavra escrita...puff...doi sempre demais saber que vais 3 dias a casa, mas os papas tambem precisam de ti, é só uma vez por mês e é nestas alturas que detesto Aveiro...tás lá e não cá...
A nossa casa não é a mesma durante estes dias e sabes como é torturante nanar naquela cama sem ti...

Claro que me lembro!Sabes que não esqueço cada pormenor da nossa história... és especial...somos nós...lembras-te?

Amu tu assim com muita loucura

Anónimo disse...

Oohh...como eu te percebo... Também me custa imenso quando tenho de voltar a casa dos meus pais...

"...fico com o coração partido e pequenino sempre que tenho que ir a casa, lá já nada é meu, tu não estás logo a melhor parte de mim falta, nada é completo."

É exactamente isso....

*

Unknown disse...

:(