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sexta-feira, 6 de abril de 2007

Quantas máscaras usamos sobre a face da nossa alma?

Parece que sempre que as férias chegam, sejam elas quais forem, há uma avalanche de acontecimentos que sem eu me aperceber me atropelam e me deixam exausta a vários niveis, estas férias não foram excepção.
Estava a espera de uma semaninha relaxada mas foi tudo menos isso. Soube que o meu pai tinha falado com a minha mãe sobre a minha orientação sexual, não sei muito bem explicar que tipo de sentimentos isso fez florir em mim mas posso garantir que não foram bons, se por um lado se sente algum alivio por outro o sentimento de receio aumenta porque as coisas não foram ditas por nós, da maneira como nós gostariamos e que se calhar vinhamos a preparar a já algum tempo...paciência...as coisas acontecem de uma certa maneira e nós temos que "ir com a corrente" e fazer com que as coisas fiquem melhores a partir dai.
Falei com a minha mãe, não posso dizer que correu bem mas podia ter corrido pior, frases como "foi a maior desilusão da minha vida", "o que existe entre duas mulheres não pode ser chamado de amor porque amor so existe entre um homem e uma mulher", "não aceito nem nunca vou aceitar" foram ditas e ainda hoje, por mais que eu tente, se repetem na minha cabeça...doeu ouvir, doeu ver a desilusão, doeu muito constatar que a minha namorada não será muito bem aceite, mas tinha que ser feito, se foi a melhor altura provavelmente não, mas haverá uma altura ideal para se dizer algo assim aos pais? Acho que não, em qualquer altura é dificil, há sempre receio, há sempre alguma coisa...para mim esta foi, ou melhor, teve que ser a altura certa, e ainda bem que assim foi. Agora não preciso mentir mais, esconder, agora eles já sabem quem eu sou, sabem que não vai mudar, que não é somente uma fase, agora quando olharem para mim vão ver exactamente a pessoa que eu sou, sem máscaras, sem fingimentos...sabe bem isto, saber que se acabaram as mentiras, fiquei de certo modo aliviada...vamos ver o que acontece daqui para a frente, alguns pais passam sempre por uma fase de choque, de negação, tristeza e finalmente de aceitação, vamos ver se este ciclo se verifica aqui.

Sabes que estou triste, muito triste, mas tenho-te sempre ao meu lado e sei que mesmo a minha mãe não aceitando tu vais ser sempre uma parte de mim que não vou esconder, que vou fazer questão de te trazer cá a casa e que vou ter muito orgulho de te apresentar como minha namorada, a pessoa que me faz feliz, vou-lhe mostrar e fazer ver que duas pessoas do mesmo sexo podem amar e ser felizes. Nós somos...


2 comentários:

Anónimo disse...

Sei que não tem sido fácil amor,mas tu sabes que vou estar sempre contigo,independentemente do facto da sogrinha me aceitar ou não...tu aceitas e isso basta...

amo-te

Tear disse...

és linda...

amo-te muito